sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Destaques da Sétima


Meu maior arrependimento nessa geração foi ter comprado um Xbox 360 ao invés de um PS3. E o cerne desse arrependimento são os exclusivos de cada console.

Zerei o primeiro Gears of War e entendo sua importância ao inventar o cover shooter, bem como por ser o primeiro a mostrar que nível de gráficos essa geração seria capaz de produzir. Mas aquele mundo cinza onde a única coisa a fazer é atirar simplesmente não me cativou.

Já Halo 3, talvez por ter jogado muitos anos depois, eu achei genérico e datado. Desisti quando tive que dirigir veículos, de tão horrendos que achei os controles.

Enquanto isso vi os donos de PS3 jogando Uncharted, God of War e Last of Us... A vida não é justa.

Mas vamos fazer limonada com os limões da vida (desculpe, Cave Johnson). Vou destacar alguns dos jogos que eu mais gostei de ter jogado no Xbox 360... Sendo que todos são multiplataforma! Se você tem um PS3, você pode jogá-los também. Wii não conta, afinal é uma plataforma da geração 6,5.



Aviso

Eu não sou jornalista de jogos nem gamer "profissional". Eu vejo as notas no Metacritic e os reviews da IGN no YouTube, mas jogo o que me interessa. Como eu tenho pouco tempo disponível para jogar (5 horas por semana, em média), eu deixo passar muita coisa, como jogos muito grandes e muitas das sequências. Exemplos:
  • Não importa se Skyrim é sensacional, não vou jogar um jogo que as pessoas levam 100 horas para zerar.
  • Batman: Arkham City deve ser legal, mas como eu zerei o Arkham Asylum, preferi jogar coisas diferentes ao invés de simplesmente "mais do mesmo" (por melhor que seja esse "mesmo").

Em outras palavras, abaixo estão simplesmente alguns destaques do que EU joguei. Não é um Top 5, até porque eu destaquei 6 jogos. Sendo assim, vamos ao primeiro...

Vanquish


Vanquish foi o shooter mais divertido que eu joguei no Xbox 360. Mas ele foi um pouco subestimado.

Muito se criticou a sua curta duração, que não me incomodou em absoluto. O fato de que eu tenho pouco tempo para jogar pode ter ajudado, mas esse jogo é tão divertido que jogá-lo de novo é um prazer, mesmo que você decida não aumentar o nível de dificuldade da segunda vez.

Também se criticou bastante a ausência de multiplayer. Talvez eu seja uma espécie em extinção, mas eu não ligo muito para isso. Primeiro, eu tenho pouco tempo pra jogar, logo não desenvolvi aquela habilidade sobrehumana de ser um sniper com os reflexos do Neo. Num multiplayer competitivo, a frustração rapidamente se acumula. Além disso sinto falta do propósito que uma campanha oferece, por pior que seja a história e o contexto.

Segundo, mesmo multiplayer cooperativo só gosto de jogar com conhecidos, e é difícil que alguém com o mesmo videogame e jogo consiga combinar um horário comum para a jogatina. Claro que quando acontece é o máximo, mas é muito mais fácil para mim progredir numa campanha single player.

Voltando ao assunto, Vanquish é fantástico. Ao contrário de Gears of War, o mundo é colorido e o seu personagem é ágil. Aliás o jogo tem uma das implementações de câmera lenta mais eficientes que eu já vi. Se Gears é importante, Vanquish é divertido. Você é um historiador dos jogos? Eu jogo para me divertir...

Prince of Persia


Prince of Persia, de 2008, foi o melhor jogo de Plataforma 3D que eu joguei nessa geração no Xbox 360. É outro jogo subestimado... Aqui a crítica predominante é a facilidade, alega-se que os controles foram "emburrecidos" para o jogador casual. Eu entendo que há quem jogue pelo desafio.

Eu jogo pela experiência. E por mais que o combate realmente seja um pouco monótono (combate nunca foi o forte da série mesmo), ele é raro o suficiente para que isso não incomode. 90% do jogo (ou mais) é pular de uma plataforma para outra, e aqui a fluidez da movimentação dos personagens, a trilha sonora evocativa e a ambientação são impecáveis.

Este foi certamente o jogo mais "mágico" que joguei no Xbox 360.

Batman: Arkham Asylum


Finalmente um jogo que é unanimidade! Público, crítica e, principalmente, EU concordamos que este é um jogaço.

Este foi o melhor jogo que eu joguei nessa geração em três categorias:
  • melhor jogo de super-heróis (essa é fácil), 
  • melhor beat'em up e... 
  • melhor jogo de stealth! Por mais legais que sejam os jogos da franquia Splinter Cell, Batman é melhor. E como não tivemos Metal Gear Solid 4 no Xbox 360...

Muito se discute sobre qual é melhor, o primeiro Batman ou Arkham City (Origins é café com leite). Quem sabe um dia eu consigo conferir? Até lá o Oscar vai para Batman: Arkham Asylum.

Red Dead Redemption


Outra unanimidade. No Xbox 360 este foi o melhor jogo de mundo aberto que eu joguei, ganhando fácil do GTA V e do L.A. Noire.

Mas foi também o jogo mais emotivo. Isso mesmo! Enquanto você não zerar, não vai entender. Evite spoilers se puder (eu não consegui), mas as últimas missões vão mexer com você.

E até chegar lá você vai se divertir! Atividades variadas, personagens hilários e o velho oeste em si te farão sorrir involuntariamente. Eu inclusive demorei a usar o fast travel, pois simplesmente cavalgar de uma missão para outra já te faz bem.

Se você não gosta de faroeste, é um jogo imperdível. Se gosta então...

Braid


Jonathan Blow, o criador de Braid, pode ser pretensioso e adorar fazer mimimi, mas ele fez o melhor jogo independente do Xbox 360.

Baseadas na mecânica de voltar no tempo, as fases desse jogo vão te desafiar! Resolva sozinho para máxima satisfação. Se não fosse pelo próximo destaque, diria que este é o melhor puzzle da geração...

Aliás, fico na dúvida se Braid também não é o jogo 2D mais bonito da geração (a dúvida se chama Rayman Legends). E todo o artwork foi feito por uma só pessoa! Dá para acreditar?

A trilha também é lindíssima, escolhida a dedo e licenciada. Você nunca diria que ela não foi composta especificamente para o jogo, música por música.

Se você só vai jogar um indie dessa geração, jogue Braid.

Portal 2


Portal 2 foi o melhor jogo que eu joguei na sétima geração.

Eu adoro puzzles, e os puzzles de Portal 2 são geniais. Não necessariamente difíceis (são mais fáceis que os do primeiro Portal), mas geniais. E também variados. Nenhum deles parece derivativo. Todos são interessantes. Além disso, juntos eles constroem a curva de aprendizado mais perfeita que eu já vi em um jogo.

Mas Portal 2 é muito mais que uma sequência de puzzles. Os personagens são fantásticos, sendo que nenhum é humano ou, quando é, não está mais vivo! O jogo é engraçado, fato pouco comum hoje em dia! E a ambientação é perfeita, você realmente se sente um rato de laboratório... Por mais fascinante que a Aperture Science seja, você está louco para escapar dali!

Portal 2 é universalmente aclamado por crítica e público, mas não são muitos que o consideram o jogo da geração. Para mim, é. Por mais que tenha sido difícil decidir, ainda acho Portal 2 a experiência mais imperdível que eu tive desde que eu comprei meu Xbox 360.

Nenhum comentário:

Postar um comentário