quarta-feira, 30 de abril de 2014

Anti-sala


Gostar de um jogo é uma coisa. Recomendá-lo aos amigos é outra. Eu realmente gostei muito de Antichamber, mas não é tão fácil assim recomendá-lo para qualquer pessoa.

Parafraseando a Nextel: Antichamber é exclusivo de PC, é mouse e teclado, é abstrato, é lateral thinking, é puzzle psicológico, é não euclidiano, pode ser para você.

Depende de quem você é, ou melhor, do que gosta e de onde joga. Vou tentar me explicar.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Spoilers de Spec Ops: The Line!


Quando a única coisa que você faz num jogo é atirar, eu fico entediado muito rápido. O negócio tem que ser muito over the top (como Vanquish) para manter meu interesse. Em geral, eu prefiro quando o jogo mistura outros elementos fora o tiroteio, como stealth (vide Splinter Cell e Metal Gear) ou plataforma (Tomb Raider e Uncharted).

Se você gosta de Call of Duty e/ou Battlefield, não se ofenda, mas para mim os shooters militares são o cúmulo do enfado. Eu admito ter gostado muito do primeiro Modern Warfare, principalmente por causa da missão de stealth e da crítica embutida na missão do avião (olha a variedade aí). Mas fora isso, é tudo muito repetitivo, não só dentro de um mesmo jogo, como de um jogo para o outro.

Apesar de desiludido com o gênero, resolvi dar uma chance a Spec Ops: The Line. Afinal, embora não tenha sido tão bem avaliado na época de seu lançamento, seu reconhecimento foi crescendo depois: ele levou os prêmios de jogo do ano no Zero Punctuation, melhor narrativa no Machinima e melhor história de PC na IGN. Desde então virou cult, e é comum vê-lo em listas de melhores jogos da geração (ou pelo menos nas de jogos mais subvalorizados) em fóruns de games pela internet afora. Eu quis conferir por mim mesmo.

Fico feliz de ter arriscado, pois certamente foi uma das melhores histórias que vi nessa geração. Ou melhor, que experimentei. É uma daquelas poucas histórias que só é possível apreciar 100% no videogame, pois ela está muito bem mesclada com a jogabilidade. Assistir no YouTube não tem o mesmo impacto.

Se você pretende jogar esse jogo um dia, quanto menos você souber sobre ele, melhor. Mas depois que zerar, você vai ficar morrendo de vontade de discutir a história com os amigos, assim como eu fiquei! Por isso, preste atenção: a partir da próxima seção, este post está lotado de SPOILERS!

Eu recomendo que você pare de ler agora, vá zerar o jogo e volte depois. Trata-se de um jogo curto. Eu levei só seis horas para zerar, embora depois tenha gasto mais uma ou duas para obter algumas conquistas que eu achei que valiam à pena. E se você achar as duas primeiras horas meio genéricas, insista: você não vai se arrepender.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Nórdicos Perdidos


Se você estiver minimamente antenado com a comunidade gamer, certamente já ouviu muita gente por aí repetindo um dos discursos abaixo:
  • "Ah, esse jogo aí era bom no ano passado, mas agora? Olha que gráficos datados, não dá mais pra jogar."
  • "Nada que é lançado hoje em dia presta, os últimos jogos bons foram os que saíram quando eu ainda era criança."
É óbvio que estou exagerando, mas o fato é que eu não concordo com nenhuma das duas generalizações. Desde o início, a indústria sempre conseguiu lançar jogos totalmente descartáveis ao mesmo tempo que outros que se tornam clássicos instantaneamente. Mesmo no mítico ano de 1998 você vai encontrar muitos lançamentos desprezíveis, se você procurar.

É lógico que, conforme o tempo passa, alguns dos grandes jogos do passado ficam datados, e não valem mais o seu tempo. Outros, no entanto, continuam tão fantásticos como sempre foram, e podem divertir você mais do que muitos AAA do momento, se você der uma chance...
Hoje vou dar um exemplo em que vale a pena ser retro gamer. Aliás, o exemplo! Não só eram os meus jogos favoritos na época, como eu nunca vi jogos envelhecerem tão bem assim.

Com vocês, os melhores jogos já lançados em cartucho: The Lost Vikings e sua sequência, The Lost Vikings II.