sexta-feira, 2 de setembro de 2016

As Oito Trilogias

 

Já faz alguns meses que eu estou devendo aos meus "muitos" leitores uma lista do que joguei nesse segundo ano da geração atual. O problema é que, para cada novo post, sempre caio no mesmo dilema: qual vai ser o título? (Não, não foi pura preguiça. Mas não dava pra chamar simplesmente de "Anno II": seria muito previsível...)

A luz veio quando eu adicionei o Hateful Eight no meu backlog do Netflix. Afinal, se o Tarantino pode dizer que Bastardos Inglórios e Django Livre fazem parte da mesma trilogia, eu posso agrupar os jogos que eu zerei (ou não) em trilogias temáticas que façam algum sentido (ou não). Ora, se eu não sou tão genial ou bem sucedido quanto o Tarantino, pelo menos eu sou tão autoindulgente quanto ele, isso ninguém há de negar.

Então, sem mais delongas, vamos aos Oito Odiad... Às Oito Trilogias do Anno II.



A Trilogia Inexplorada


Jogos:
Uncharted: Drake's Fortune Remastered
Uncharted 2: Among Thieves Remastered
Uncharted 3: Drake's Deception Remastered

Progresso: 100% (Yay!)

Que tal começarmos com uma trilogia tão "trilogia mesmo" que saiu numa coletânea? Assim passamos uma falsa impressão de coerência, que rolará ladeira abaixo pelo resto do post. Além disso eu realmente zerei os três jogos, e isso efetivamente ocorreu ao longo deste ano! Parece até que eu estou levando a coisa toda a sério.

(E, se alguém acha que essa não é uma trilogia propriamente dita só porque a série tem mais dois jogos, lembro que só esses três saíram no PS3... Acho bom ficarem satisfeitos com isso, pois será a epítome da coerência neste post.)

Enfim, o fato é que, graças a um nobre amigo completamente desinteressado e também a algo que não existe (um almoço grátis), eu pude jogar a Nathan Drake Collection enquanto tentava controlar o meu hype (não sou muito bom nisso) pelo esperadíssimo Uncharted 4.

O que falar sobre os três jogos? Tudo que eu disser será cliché. Querem ver? O segundo é o melhor. O terceiro é muito bom, mesmo não tendo o impacto do segundo. O primeiro, por mais que não se compare aos outros dois, ainda é digno de ser jogado, mesmo 8 anos depois. Estão vendo? Só clichés.

Fato é, mesmo depois de uma gigantesca espera (na geração passada eu errei escolhendo o 360), cada um dos jogos da trilogia superou a minha expectativa. Esta coletânea talvez seja o melhor custo/benefício disponível no PS4.


A Trilogia Inacabada


Jogos:
God of War
God of War II
God of War III Remastered

Progresso: 66%

Falando em exclusivos que eu ficava triste de não poder jogar no 360, vamos passar para a trilogia do Kratos. Parece bem comportada também, né? Mas aí vem o plot twist: eu não toquei nesses jogos desde o meu último post!

Mas calma, há uma racionalização que justifica plenamente essa pedalada: como eu joguei o segundo jogo logo depois de publicar a lista do Anno Itecnicamente eu ainda posso incluir essa trilogia aqui - mesmo que eu já tenha tenha mencionado GoW II posteriormente, no meu rant sobre platinas.

Sobre os jogos posso dizer que os dois primeiros envelheceram muito bem. Jogue se puder, não vai se arrepender. Vou comentar apenas dois detalhes sobre os ports para o Vita:

- Tem uma sala do primeiro jogo (uma com um timer) que fica bem mais difícil no Vita. Eu acabei passando dessa parte usando um glitch.

- O fato de moverem o grapple do R2 para o círculo no segundo jogo complica um pouco a sua vida, principalmente durante uma seção em que tudo está desmoronando. O segredo é perceber que basta não soltar o círculo enquanto pressiona o X. Afinal, todo mundo já pulou enquanto corria com o Mário então sabe apertar dois face buttons com o mesmo polegar... Certo?

Quanto ao terceiro jogo, está no topo do meu Smashlog (meu backlog de button smashers).


A Trilogia Representativa


Jogos:
Uncharted: Golden Abyss
Uncharted 4: A Thief's End
The Last of Us Remastered

Progresso: 66%

Antes que os fanboys me persigam com tochas gritando "Remasterstation! Você é parte do problema! Quem compra um videogame novo só para jogar jogo velho?", deixem-me demonstrar como eu sou um cara politicamente correto: juntei os outros jogos pós-PS2 da Naughty Dog numa trilogia eclética, com um jogo de portátil, um remaster e um jogo "Next Gen" (deveria ser "Current Gen", mas aí não soaria tão legal).

Vamos começar falando de Uncharted 4, que eu considero como o melhor jogo da Naughty Dog que eu já joguei. Se bem que, tecnicamente, talvez Last of Us seja o melhor jogo da Naughty Dog que eu já joguei. Mas eu não gosto de zumbis, então U4 > TLoU = tautologia. Fato.

Falando sério, não vale à pena discutir por causa disso. Jogue ambos.  São as melhores narrativas que eu já vi na mídia, na indústria. E eu estou voltando pros clichés, então vou parar por aqui.

Quanto ao Golden Abyss, estou com medo de jogar agora e não aproveitar, pois sei que ele não vai chegar aos pés do U4. Talvez seja melhor esperar um pouco, esquecer um pouco, para não ficar comparando mentalmente o tempo todo enquanto jogo.


A Trilogia Móvel


Jogos:
Hitman Go
Lara Croft Go
Deux Ex Go

Progresso: 66%

Pensei em juntar os outros jogos do Kratos para inflar ainda mais artificialmente minha produtividade gamer (como se alguém ligasse), mas já faz anos que eu joguei os jogos de PSP - e o Ascension eu nem tenho como jogar... Até eu tenho limite racionalizando as coisas. Então vamos mudar para algo completamente diferente.

Eu já citei Hitman Go aqui no blog, mas quando eu vi a edição definitiva por troco de bala na PSN... Não resisti e platinei. Quando anunciaram o Lara Croft Go eu fiquei meio desconfiado, mas  ele mantém a qualidade o polimento do jogo do Agente 47, mesmo sendo um pouco menos cerebral.

A Square Enix Montreal realmente está transformando a série Go na melhor série do Android (depois dos vacilos da Ubisoft com o último Rayman, que migrou para o famigerado modelo FTP). Eu só preciso de uma promoção para mergulhar de cabeça no Deus Ex Go, porque do jeito anda o dólar "não tá fácil pra ninguém."


A Trilogia Conectada


Jogos:
Destiny
The Taken King
Tom Clancy's The Division

Progresso: 100% (Yay!)

Bem, chega de trilogias em que todos os jogos são da mesma desenvolvedora. E, para adicionar o insulto à injúria, ainda coloquei um DLC nessa trilogia!

Já falei de Destiny no Anno I, dizendo inclusive que não iria pegar o Taken King, mas chegou um ponto em que ele ficou tão barato na PSN (depois do anúncio do Rise of Iron) que eu não resisti. Meu review: Destiny continua sendo legal, mas continua não sendo pra mim, mesmo que o Taken King seja melhor que todo o conteúdo anterior. Se não fosse pela parceria do "nobre amigo completamente desinteressado", nem sei se teria terminado. Afinal, multiplayer não é o meu forte.

Já o The Division foi muito mais "pra mim." Eu pude fazer absolutamente TUDO via matchmaking, e de foi muito mais simples fazer cada missão 1x (o jogo não esconde missões secundárias em questlines como o Destiny). Muita gente encara o fato de que a player base abandonou o jogo depois de zerar como algo negativo. Eu não. Eu gosto de jogos finitos, que sabem que são finitos. Detesto quando os desenvolvedores tentam fingir que o jogo deles pode durar o resto da sua vida. Nenhum jogo é eterno, então todos os que tentam viram AVGMs.


A Trilogia Andarilha


Jogos:
Gone Home
The Wolf Among Us
Tales from the Borderlands

Progresso: 100% (Yay!)

Duas das minhas cinco platinas café-com-leite estão nessa trilogia. E, como um walking simulator só é tão bom quanto a sua história, o grande destaque fica por conta do Wolf Amgong Us - embora todos os jogos acima sejam muito bons, acessíveis e interessantes. Mas esses jogos funcionam como séries... Quanto menos você souber sobre eles melhor, então vou parar por aqui.


A Trilogia Enigmática


Jogos:
The Bridge
Volume
The Talos Principle

Progresso: 66%

Como eu já comentei no meu rant sobre platinas, eu platinei o Volume e peguei todos os troféus do The Bridge. Do jeito que é raro eu fazer isso você pode imaginar como eu gostei dos jogos. Talos Principle eu mal comecei, mas já vi que tem tudo para se tornar um dos meus puzzles preferidos.


A Trilogia Aleatória


Jogos:
Broken Age: Episode 1
Middle-earth: Shadow of Mordor
Journey

Progresso: 95% (mais ou menos)

E agora vamos jogar a toalha com a trilogia do Restô D'Ontê, os jogos que eu não consegui encaixar em nenhuma outra categoria. Eu terminei o primeiro episódio do Broken Age, mas apesar de reconhecer as qualidades do jogo... Cheguei à conclusão de que não tenho mais muito apetite para adventures tradicionais depois dos jogos da Telltale.

Falta muito pouco para eu acabar o Shadow of Mordor. Meu save diz que tenho 90% de tudo concluído, sendo que só falta uma missão da main quest (as opcionais que sobraram eu não pretendo fazer). Talvez eu tenha enjoado um pouqinho no final, mas é um jogo fantástico. Arrisco dizer que o combate é melhor do que o da série Arkham (se bem que eu só joguei o Asylum).

Finalmente, se você puder, pare tudo e jogue Journey. Com cerca de duas horas de duração, Journey é uma experiência acessível, mas não deixa de ser inesquecível por causa disso. Um dos melhores jogos que já joguei até hoje, precisamos de mais jogos assim... Aliás, cadê minha promoção do Abzû?


Até 2017!

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