sábado, 16 de maio de 2020

Minit e Brothers


Eu estou desistindo de dar títulos criativos para os meus posts, já que depois fica difícil lembrar a que jogos eles se referem. Então resolvi nomear as postagens só com o nome dos jogos mesmo. Ou pelo menos dessa vez foi assim.

Mas não se engane, há um tema aqui, uma ideia que unifica e permite colocar esses dois jogos aparentemente bem diferentes na mesma postagem. Mas, para apresentá-la, eu preciso contextualizar meu estado de espírito ao iniciar eles pela primeira vez no PS4.


Longo prazo



Eu estou no meio de dois jogos grandes. Quer dizer, tem gente que palita os dentes com o Fallen Order, mas para mim um jogo de 20 horas é uma empreitada. O que dizer de Red Dead Redemption 2, então? Depois de 40 horas o meu save ainda está por volta dos 40%... Tudo bem que eu não pretendo fazer 100% nesse jogo, mas ainda assim, suspeito que estou por volta da metade da história principal.

Outra coisa que complica muito é que eu não consigo jogar esses jogos quando eu tenho 15 minutos de ociosidade no meio do dia. Esses jogos tem a ver com imersão, missões de duração imprevisível. Não gosto nem de entrar neles se não tiver tempo e certeza de não ser interrompido, coisa rara pra mim hoje em dia. O resultado é que eles ficam semanas, muitas vezes meses, sem progresso nenhum.

Eu sei que essa não é a realidade de todo mundo, mas é a minha. Não quero que esses jogos deixem de ser feitos, mas se eu só tivesse essas opções, tem horas que não daria para jogar videogame. Felizmente as ofertas de jogos hoje em dia estão mais sortidas do que lojas de departamento.

Isso não é um review



Não se engane, eu não vou te dizer nesse texto o motivo pelo qual eu gostei tanto de Minit e Brothers. Há montes de ótimos reviews pela internet. Eu sinto que não tenho nada a acrescentar e, se tivesse, envolveria spoilers.

Não, eu só quero registrar a minha experiência pessoal. Ambos os jogos são rápidos, eu terminei cada um em dois ou três dias, incluindo todos os troféus (Minit tem até platina, se é que você ainda se importa). E sabe por que, além de serem jogos ótimos, eu gostei tanto da experiência?

Foi porque eu senti que a pouca disponibilidade de tempo não atrapalhou a minha experiência.

Quem tem mais tempo que eu pega um AAA e termina em uma ou duas semanas. Eu lembro da época em que eu conseguia fazer isso. Hoje em dia um AAA se arrasta por meses comigo, isso se não for um RPG de mundo aberto de centenas de horas que a indústria anda privilegiando tanto hoje em dia. E durante todo esse período eu tenho que ficar lutando contra a ansiedade de terminar a jornada - mesmo quando eu nem estou ligando tanto para o final da história.

Respeito é bom e eu gosto



É por isso que essas experiências concisas, que respeitam meu tempo como jogador, são um bálsamo. Eu tenho certeza de que os desenvolvedores independentes desses jogos mais curtos também sofreram meses, anos, para criá-los - mas eles não decidiram descontar em mim. Eles fizeram o jogo do tamanho que tinha que ser, respeitando o meu tempo, mantendo o ritmo lá no alto o tempo todo.

Falando em ritmo, isso é outro destaque. É raro você se sentir perdendo tempo nesses jogos curtos. Sentir que está fazendo algo que só está lá pra encher linguiça. O jogo é tão curto, nem dá tempo de se sentir assim. Naqueles AAAs de dezenas de horas é bem mais comum você sentir que parte do que você está fazendo é repetitivo.

Talvez, analisando friamente, todo jogo tenha seus altos e baixos. Mas nos jogos grandes, muitas vezes esses baixos podem durar dias ou semanas em tempo real, já que você está sem tempo para jogar mais e sair da parte chata. E você fica ruminando esse "tédio" ao longo de todo o período em que não está jogando. É inevitável. E isso te dá preguiça na hora de voltar.

É por isso que eu proponho essa ode aos jogos curtos, que não fazem distinção das pessoas com base no tempo que elas tem para investir: eles são interessantes de uma forma mais homogênea para seus diferentes públicos. Incluindo este que vos escreve.

Próximos passos



Como diz o ditado, a variedade é o tempero da vida. Depois de Minit e Brothers, acabei voltando para o Spider-Man (melhor jogo do PS4, na minha opinião) e joguei os dois últimos DLCs (eu já tinha jogado o primeiro na época em que ele saiu). Agora estou pensando para qual jogo eu devo voltar...

E, como eu já disse numa postagem anterior, a resposta certa para isso é jogar o que der na telha.

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