Considerado pelos críticos o melhor exclusivo no lançamento do PS4, Resogun foi um dos primeiros jogos "grátis" da Plus. E ele continua "grátis" até hoje, ao passo que os outros jogos são oferecidos pelo serviço só durante um mês. Eu não sou tão fã assim de shoot'em ups, mas como de graça até injeção na testa, fui conferir.
Gênero
Resogun é um jogo de "navinha". A nave é vista "de lado", como em Gradius ou R-Type. Só que a tela não "anda sozinha", empurrando a sua nave. Você pode ficar parado quanto tempo quiser, ou melhor, quanto tempo os inimigos deixarem.Na verdade, o jogo se passa na superfície de um cilindro. É como se você estivesse jogando na parte impressa de uma lata, só que essa superfície é totalmente transparente, então dá para ver os inimigos e tiros na parte de trás. Isso faz com que você dificilmente fique encurralado, uma das coisas mais chatas que podem acontecer em jogos desse tipo.
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| O rastro das naves inimigas realça a superfície cilíndrica na qual a ação acontece |
Acessibilidade
Aliás, os designers parecem determinados em evitar que você fique encurralado. Além das bombas padrão, que somem com tudo que tem na tela (ou no cilindro, no caso), você tem outros dois power-ups para te salvar quando você estiver em apuros: um boost que atravessa tiros e inimigos e um overdrive, que faz com que tudo fique em câmera lenta e sua arma vire um feixe de luz ultra-potente.Obviamente os power-ups são limitados, e é melhor guardá-los para situações de aperto. Com o tempo você vai acabar percebendo que o boost pode ser usado mais frequentemente, em short bursts, e isso é essencial principalmente quando você aumenta o nível de dificuldade. O fato é que Resogun é certamente o jogo "de navinha" mais acessível que eu já joguei, e dá para ver que ele foi projetado para isso. Não que seja um jogo fácil...
Apresentação
Além de sleek, é inegável que o visual do jogo é extremamente funcional. Você nunca confunde sua nave, os inimigos, os tiros deles, o cenário, o que está do outro lado do cilindro...E partículas, meu amigo! Partículas são o showcase da nova geração. Seria impossível ter tantas partículas nas gerações anteriores, ainda mais com tanta fluidez. E esse é um jogo que flui tão suavemente que parece que ele foi banhado em manteiga de garrafa. Eu nunca percebi uma engasgadinha mínima sequer. Não duvido que o jogo nunca fique um décimo abaixo dos 60 frames por segundo.
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| No fim das fases, mais partículas do que nunca. |
Os efeitos sonoros também são um destaque. Às vezes você nem olha o inimigo sendo atingido, você sabe que ele já era pelo som enquanto foca seus tiros no próximo. O toque de mestre vem pela voz robótica que te avisa de coisas essenciais pelo alto-falante do controle com uma qualidade de som que eu não esperava, melhor que o viva-voz do meu celular.
Nirvana
Como qualquer jogo, a prática leva à perfeição. Mas jogos de navinha tem uma característica peculiar: com o tempo, você começa a jogar muito bem, de forma praticamente perfeita, misturando padrões que você memorizou com uma improvisação natural, sem estar necessariamente tenso ou extremamente focado. E quando você se toca do fato de que está indo tão bem, normalmente você fica nervoso e erra.Os amantes do gênero chamam isso de "nirvana", e tudo em Resogun contribui para te colocar nesse estado. A música, os efeitos sonoros, o padrão visual, a perfeição dos controles, tudo. Várias foram as vezes em que me dei conta, "ué, já passei dessa parte, sem perder vida nenhuma ou precisar usar power-ups? Mas ela parecia tão difícil da primeira vez que tentei..."
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| Não desista, você vai conseguir antes do que pensa... |
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